Jordan construiu sua equipe de F1 do zero e conquistou quatro vitórias na categoria
(Reprodução/F1)

No estilo rock’n roll, Jordan criou um dos times mais legais da F1

Morreu nesta quinta-feira, 20 de março, aos 76 anos, Eddie Jordan. O irlandês foi um ex-piloto que passou por várias categorias de base como F-Ford, F3 e F2, além de correr nas 24 Horas de Le Mans.

Sua fama, porém, seu deu pela equipe que ele fundou nos anos 80 batizada com seu sobrenome, Jordan. O time subiu aos poucos por campeonatos menores como F3 e F3000 até chegar à F1 em 1991.

Durante seu primeiro ano na categoria, a equipe promoveu a estreia de Michael Schumacher na F1 no GP da Bélgica. O alemão, porém, logo se transferiu para a Benetton na prova seguinte em uma operação bastante polêmica em história que já contamos em detalhes no Projeto Motor.

Com o passar dos anos, a Jordan teve seus altos e baixos, e conseguiu atrair vários pilotos importantes. Foi nela, por exemplo, que Rubens Barrichello fez sua estreia na F1 em 1993. O brasileiro competiu pelo time por quatro temporadas e é o piloto que mais vezes correu pela escuderia com 64 GPs. Ele também foi o responsável pela primeira pole position do time, no GP da Bélgica de 1994.

Competiram pela Jordan ainda nomes como Ralf Schumacher, Damon Hill, Heinz-Harold Frentzen, Giancarlo Fisichella, Jarno Trulli, Eddie Irvine, Maurício Gugelmin, Martin Brundle, entre outros.

A Jordan ficou conhecida no grid por ter um estilo rock and roll com eventos de marketing ousados, pinturas dos carros de destaque e um Eddie Jordan sempre pronto para dar declarações polêmicas.

Entre 1991 e 2005, a Jordan conquistou quatro vitórias, sendo a primeira com Damon Hill em 1998 e a última com Fisichella, em 2003, no famoso GP do Brasil que precisou ter seu resultado corrigido dias depois após um erro da cronometragem.

As duas outras foram com Frentzen, em 99, em temporada em que o alemão chegou a figurar entre os postulantes ao título. Naquele ano, Frentzen terminou em terceiro no campeonato atrás de Mika Hakkinen e Eddie Irvine e a Jordan teve seu melhor resultado entre os construtores, também em terceiro, atrás de Ferrari e McLaren.

O fim da Jordan e novas atividades

Ao final de 2005, com dificuldades financeiras, Jordan vendeu sua equipe para o grupo Midland, que renomeou o time. Ele passou a atuar como comentarista e seguiu com seu estilo expansivo no paddock e cheio de opiniões fortes sobre pilotos e dirigentes.

Em 2024, Jordan trabalhou como empresário de Adrian Newey na negociação para sua liberação da Red Bull e transferência para a Aston Martin, que curiosamente é herdeira com o passar dos anos da vaga da Jordan na F1 após diversas mudanças de nome.

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