(Foto: Ferrari)

A incrível jornada de Kubica: o piloto que nunca desistiu

A Ferrari conquistou no último domingo (15) a sua terceira vitória consecutiva nas 24 Horas de Le Mans. Os triunfos da marca italiana em Sarthe são sempre bastante carregados de simbolismo pela sua história com a prova. Mas esse ano, teve uma pitada especial pelo fato de ter Robert Kubica no trio que venceu a corrida.

Isso porque o polonês completa assim mais um incrível capítulo de seu retorno ao automobilismo de alto desempenho 14 anos depois de um acidente que parecia ter sepultado qualquer chance de continuar pilotando carros de corrida.

E sua história é importante não só pela trajetória de superação, mas também porque Kubica era considerado um dos nomes mais proeminentes da F1 no final dos anos 2000, com expectativa para se tornar um protagonista na década seguinte.

Campeão da F-Renault 3.5 de 2005, categoria que na época rivalizava com a GP2 (atual F2) na formação de pilotos para a F1, Kubica foi contratado para ser piloto reserva da BMW em 2006.

Após um dos titulares do time, Jacques Villeneuve, ser vetado pelos médicos por conta de um acidente sofrido no GP da Alemanha, Kubica substituiu o canadense campeão mundial na etapa seguinte, na Hungria. Além de fazer sua estreia na F1, ele ainda se tornou o primeiro polonês da história a competir no Mundial.

Em sua primeira classificação na F1, ele superou o companheiro Nick Heidfeld, experiente piloto alemão que fazia sua sétima temporada na categoria. Kubica terminou a corrida em sétimo, mas foi desclassificado por seu carro estar abaixo do peso mínimo.

Após o GP da Hungria, Villeneuve resolveu romper com a BMW e Kubica foi imediatamente confirmado como novo titular da equipe até o final da temporada. Duas provas depois, no GP da Itália, ele subiu ao pódio com um terceiro lugar.

Rapidamente o mundo da F1 começou a observar o piloto, que viria a completar 22 anos ao final daquela temporada. Ele tinha um estilo bastante agressivo na entrada das curvas, que deixa a traseira do carro deslizar um pouco, mas com um controle ao volante bastante apurado e preciso.

Dessa forma, ele entrou em 2007 já como um nome bastante valorizado, enquanto a BMW também investia para tentar se tornar uma equipe de ponta. Nessa sua primeira temporada completa, no entanto, Kubica, como era se esperar de um piloto novato, foi mais irregular que Heidfeld e acabou superado pelo companheiro ao final do campeonato por 61 a 39 pontos.

O ano do polonês, no entanto, seria marcado pelo impressionante acidente que ele sofreu no GP do Canadá, em que seu carro ficou totalmente destruído após bater com força no muro que leva ao hairpin. Os pés de Kubica chegaram a ficar expostos após o choque, algo que não era mais visto na F1 há mais de uma década.

Kubica sofreu uma concussão e uma torção no tornozelo, sendo liberado do hospital logo no dia seguinte. Por uma medida de precaução, ele não correu a corrida seguinte, o GP dos EUA, sendo substituído por Sebastian Vettel, que faria sua estreia na F1.

Protagonismo na F1

Em 2008, Kubica mostrou seu potencial ao conseguir se estabelecer como piloto de ponta na categoria, mesmo em uma equipe que ainda não estava no mesmo nível de McLaren e Ferrari, as duas grandes potências da época.

Constante, ele subiu ao pódio em sete oportunidades ao longo das 18 etapas e dividiu com Lewis Hamilton (campeão ao final do ano) o posto de pilotos que terminaram mais vezes na zona de pontuação, com 14 para ambos.

E foi justamente no GP do Canadá, um ano após seu forte acidente na pista de Montreal, que ele venceu pela primeira vez na F1. Com os pontos daquela corrida, ele ainda assumia a liderança do campeonato após sete etapas. Parecia que com aquele momento, ele completava o ciclo de piloto promissor para se tornar um dos protagonistas da categoria.

Só que ao invés de seguir com desenvolvimento de seu modelo 08, a BMW resolveu no segundo semestre concentrar seus recursos no carro do ano seguinte, em que a F1 passaria por uma grande mudança de regulamento. Na visão da marca alemã, era a chance dela dar o salto de qualidade para se tornar uma das equipes dominantes.

Kubica celebra a vitória no GP do Canadá de 2008
Kubica celebra a vitória no GP do Canadá de 2008 (Foto: BMW / John Townsend)

Isso fez com que o desempenho da BMW caísse em relação a McLaren e Ferrari na segunda metade do campeonato. Mesmo assim, Kubica ainda se manteve na briga pelo título até pelo menos a antepenúltima etapa, o GP do Japão. Após um segundo lugar em Fuji, ele era o terceiro na classificação geral a 12 pontos do líder, Hamilton, e a sete do segundo, Massa.

Mas um fraco desempenho na corrida seguinte, na China, em que terminou apenas em sexto, tirou suas chances matemáticas de brigar pela taça na etapa final no Brasil.

Em 2009, mesmo após grande investimento, a BMW não acertou a mão no carro. O time terminou apenas em sexto no campeonato de construtores, com Kubica em 14º, superado por seu companheiro, Heidfeld, em 13º.

Durante a temporada, a BMW ainda anunciou que estava deixando a F1. Kubica então assinou com a Renault para 2010, marca que o apoiou em boa parte de sua carreira nas categorias de base.

Depois do acordo, no entanto, a equipe passou fortes transformações, com a Renault deixando de ser acionista majoritária ao vender o controle do time de F1 para um fundo de investimentos de Luxemburgo. Kubica chegou a considerar romper o contrato, mas acabou convencido pela nova direção do time a apostar no projeto.

O polonês fez uma temporada consistente com um carro médio e conquistou três pódios. Mas o real potencial da equipe ficou traduzido no tímido quinto lugar no campeonato de construtores enquanto Kubica terminou em um apagado nono entre os pilotos.

O sonho da Ferrari e o acidente que mudaria a vida de Kubica

Claramente Kubica pedia passagem na F1 para ter lugar em uma equipe que lhe desse mais chances de vitórias e para lutar pelo título.

E foi nesse momento, ao final de 2010, em que começaram os rumores de que Kubica estaria negociando com a Ferrari para 2012, quando ele ficaria livre de seu contrato com a Renault, e poderia assumir a vaga de Felipe Massa para ser companheiro de Fernando Alonso.

Em 2018, em entrevista ao podcast oficial da F1, Kubica chegou a admitir pela primeira vez que não só a negociação realmente existiu, como ele chegou a assinar um pré-acordo com a equipe italiana para 2012.

“O primeiro objetivo é entrar na F1. O segundo, se tornar um piloto estabelecido na F1, então, você tem um bom valor, uma boa reputação, o que é mais difícil do que entrar [na categoria]. E terceiro, você vence um campeonato ou se torna um piloto da Ferrari”, comentou o piloto, logo após responder “sim” à pergunta se ele correria na Ferrari.

O sonho de Kubica acabou não se realizando por conta de um grande acidente em uma prova de rali em 6 de fevereiro de 2011. As provas offroad eram uma paixão do polonês, que participava de provas do estilo com alguma frequência. Para se ter ideia, um ano antes, em janeiro de 2010, ele chegou a correr no tradicional Rali de Monte Carlo.

O Rali de Andora de 2011, na Itália, aconteceria em datas exatamente entre duas rodadas de testes da pré-temporada da F1, de Valência e Jerez de la Frontera. Segundo o próprio Kubica, ele chegou a ficar na dúvida sobre competir ou não, mas justamente por saber das regras da Ferrari, sua futura equipe, de não permitir participação em outras competições como essa, que ele resolveu se aventurar naquele momento. Afinal, poderia ser suas últimas competições em rali em um bom tempo.

Kubica participava com um Skoda Fabia da classe Super 2000. Ainda no primeiro trecho da prova, ele perdeu o controle de seu carro e saiu do traçado em alta velocidade. O veículo colidiu com um guardrail e um dedaço de metal da barreira penetrou no cockpit e acertou o piloto.

Apesar da ambulância e bombeiros terem chegado ao local quase que imediatamente, o polonês, na época com 26 anos, ficou por mais de uma hora preso no carro até que equipamentos especiais para corte do guardrail e extração do piloto chegassem ao local. Ele foi levado então ao centro traumatológico do Hospital Santa Corona, em Pietra Ligure.

Na chegada, seu estado era bastante grave, com nível alto de hemorragia. Ele também sofreu sérias fraturas na mão, braço e perna direita. Na primeira cirurgia, os médicos se concentraram em conter a perda de sangue e fazer reposição através de transfusão.

“A primeira fase de estabilização foi longa e difícil, e continuou na sala de cirurgia. Em relação aos ferimentos, houve um grande sangramento difícil de controlar”, explicou na época o Dr Giorgio Barabino, diretor do hospital.

Na madrugada do dia seguinte, Kubica passou por uma segunda cirurgia de cerca de sete horas com foco em salvar sua mão. O procedimento foi liderado pelo Dr Igor Rossello, especialista em mãos do centro italiano.

“O paciente chegou aqui apresentando um trauma extremamente complexo, com lesões em vários níveis. Nossa prioridade era manter o membro vivo, e esse é um objetivo que alcançamos. A mão está quente, vascularizada e não está inchada”, disse ele.  

“A segunda parte da operação foi a reconstrução da anatomia do membro, já que os tendões estavam completamente divididos em partes. Em seguida, fizemos o preenchimento das lesões nervosas e conseguimos recuperar os dois nervos principais da mão, que também estavam repartidos”, continuou o especialista.

Kubica ainda passaria por uma terceira cirurgia de quatro horas no dia 16 de fevereiro, 10 dias após o acidente, para corrigir o úmero (osso do braço) e perna direita. Sua recuperação, no entanto, seria bastante dolorosa e longa.

Meses depois do acidente, ele ainda enfrentava novos procedimentos e sua reabilitação começaria mesmo apenas em agosto. O polonês, de qualquer maneira, nunca desistiu de um retorno do automobilismo e dizia que estava focado em seguir correndo na F1.

Em 11 de janeiro de 2012, quase um ano depois de seu acidente, ele sofreu outro contratempo. Kubica quebrou novamente a sua perna direita em uma queda no jardim de sua casa, na região de Viareggio, na Itália. E assim, ele seguiria por mais alguns meses com o membro imobilizado e enfrentando sessões de fisioterapia.

A incrível recuperação de Kubica

A F1 não acreditava mais em Kubica, mas o piloto nunca deixou de confiar em sua recuperação. E para provar isso, de forma bastante surpreendente, em setembro de 2012, apenas um ano e sete meses após seu grave acidente, ele voltou a competir em um rali.

Ele correu e venceu o Rali Gomitolo Di Lana, prova local da modalidade na Itália, com um Subaru WRC. Um mês depois, ele voltou a triunfar em outro rali italiano, da Citta di Bassano.

“O caminho para a recuperação da funcionalidade do braço lesionado no acidente de Andora ainda é desafiador, mas, enquanto isso, competir em ralis é bom para mim”, disse Kubica à revista Autosprint. “É uma espécie de reabilitação ativa que não é apenas física. Competir também me ajuda mentalmente e me dá moral, e vencer também é um bom remédio”, continuou.

A sequelas do acidente de 2011, no entanto, eram evidentes. Se Kubica quisesse ser competitivo em alto nível em qualquer categoria do automobilismo, precisaria superar limitações enormes. Sua mão e braço direito nunca mais teriam a mesma força e agilidade. Seu esforço passaria a ficar 70% nos membros esquerdos.

Mesmo assim, a soma de sua trajetória, nome conhecido (que rendia atenção e manchetes) e aparente recuperação para pelo menos tentar um retorno abriu portas importantes para que ele pudesse voltar às competições.

Para 2013, ele fechou contrato com a Citroen para competir nos campeonatos Europeu e WRC2, uma espécie de segunda divisão do Mundial de Rali. E a participação foi um total sucesso, com Kubica terminando a temporada com o título e uma campanha que incluiu cinco vitórias.

Kubica comemora vitória na classe WRC2 do Rali da França de 2013 pela Citroen
Kubica comemora vitória na classe WRC2 do Rali da França de 2013 pela Citroen (Foto: McKlein / Red Bull Content)

Paralelamente, a Mercedes resolveu conceder ao polonês testes em seu simulador de F1, em que Kubica mostrou desempenho promissor, mas ainda bastante limitado por suas lesões na mão direita em circuitos mais sinuosos, como Mônaco.

O foco então seguiu sendo o rali, agora na classe principal do WRC. Neste nível, ele chegou a ter momentos de brilho e até venceu 14 estágios (trechos cronometrados dentro das provas), mas nunca chegou a vencer uma etapa. Seu melhor resultado nos dois anos seguintes foi um sexto lugar no Rali da Argentina de 2014.

A volta às competições de circuito aconteceu pelo endurance nas 24 Horas de Mugello, na Itália. Ele seguiu participando de corridas da modalidade com cada vez mais destaque, até que finalmente seu nome voltou a ser falado onde ele mais queria: a F1.

O retorno à F1

Depois do acidente de 2011 e o passar dos anos competindo no rali e no endurance, um retorno de Kubica à F1 parecia algo totalmente improvável. Mas as constantes provas de competitividade somadas com um enorme interesse do público por sua história de superação jogaram a seu favor.

Em junho de 2017, a Renault concedeu ao seu ex-piloto um teste com um carro de 2012 no circuito Ricardo Tormo, em Valência. Ele completou 115 voltas de forma consistente e depois da sessão chegou a fazer considerações sobre o acerto do carro.

A experiência gerou certa curiosidade do público, mídia e da própria equipe. A Renault promoveu então um segundo teste ao piloto de 32 anos, dessa vez em Paul Ricard, na França. E mais uma vez Kubica se mostrou consistente ao completar 90 voltas, novamente com o modelo de 2012 do time.

O então chefe do time francês, Cyril Abiteboul, chegou a dizer que as duas experiências, em especial a segunda, foram planejadas para testar as capacidades técnicas e físicas do polonês e que ele teria se saído bem.

“O que posso dizer é que ele ainda é rápido, consistente e, mais importante, ele ainda tem o entusiasmo que sempre passou à equipe”, disse o dirigente. “Ele pode ser uma opção em 2018”, continuou, ao ser questionado pela reportagem da emissora britânica “Sky Sports” sobre as possibilidades de um retorno.

A Renault convocou Kubica para um quarto teste em agosto. Desta vez, ele andaria com o carro daquela temporada (2017) em Hungaroring, na semana seguinte ao GP da Hungria. E mais: a sessão seria pública e com o comparativo com outros pilotos, pois fazia parte de uma intertemporada oficial da F1.

O polonês completou 142 voltas durante um dia todo de sessão e ficou com o quarto melhor tempo entre 13 participantes. Sua marca foi 1s4 mais lenta que o carro mais rápido, a Ferrari de Sebastian Vettel.

Classificação divulgada pela F1 no teste na Hungria em 2017

As condições do teste (peso do carro, acerto…) não foram reveladas. Sabe-se apenas que ele fez suas melhores voltas com pneus ultramacios, os mais rápidos da época.

De qualquer forma, essas participações de Kubica seguiram gerando mais e mais interesse. E então, pela primeira vez, uma outra equipe resolveu testar a condição do piloto. A Williams realizou dois testes com o polonês: no dia 11 de outubro, em Silverstone, e 17, em Hungaroring. E as participações rapidamente o colocaram na lista de cotados para um lugar no time em 2018.

Após o final da temporada de 2017, Kubica participou de mais duas sessões pela Williams em Abu Dhabi, nos testes de pneus da Pirelli, em novembro. Ele completou 128 voltas durante os dois dias.

Na tabela tempos da última sessão, ele a 1s934 do líder Sebatian Vettel, da Ferrari, mas 0s4 mais rápido que Sergey Sirotkin, que também concorria à vaga na Williams.

Em 16 de janeiro de 2018, a Williams anunciou oficialmente que Kubica seria piloto reserva do time. Em seu programa, além de participar de testes e trabalhar no simulador para ajudar os titulares no acerto do carro, ele ainda teria a chance de andar em três treinos livres durante a temporada.

Não era ainda o retorno que ele esperava, mas ainda assim, considerando tudo que passou, era uma conquista que parecia improvável até então. Só que mais uma vez Kubica surpreendeu a todos.

Ao final da temporada, aproveitando a saída de seus dois pilotos titulares e o apelo de marketing e patrocinadores de Kubica, a Williams anunciou que o polonês seria o titular do time em 2019 ao lado do novato George Russell. Era o retorno definitivo de Kubica após 8 anos de seu acidente.

Mas a volta à F1 passou longe do que ele provavelmente sonhava. A Williams era o carro mais lento do grid. O polonês foi superado por Russell por 18 a 3 em posições de grid. Considerando apenas as provas que os dois terminaram, ele também chegou atrás do companheiro em 16 das 21 corridas, chegando à frente em apenas duas vezes (nas outras três, um deles ou ambos abandonaram).

Só que em uma dessas provas que Kubica terminou à frente de Russell, no GP da Alemanha, ele ecenrrou a prova em 12º, mas subiu para 10º após punições para Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi. Assim, Kubica não só voltava a marcar pontos na F1, como ainda teria o único ponto da Williams em toda a temporada.

Kubica com sua Williams durante o GP da Bélgica de 2019
Kubica com sua Williams durante o GP da Bélgica de 2019 (Foto: Simon Galloway/Pirelli)

Durante o final de semana do GP de Singapura, ele e a Williams anunciaram que ao final da temporada, a parceria não continuaria. Só que mais uma vez, esse não seria o fim da trajetória dele na F1.

Aos 35 anos, Kubica ainda assinaria com a Alfa Romeo para ser piloto de testes do time, cargo que ele ocupou por três temporadas, entre 2020 e 22.

E por conta de um teste positivo de covid do titular Kimi Raikkonen, Kubica voltou a ter a chance de participar de corridas da categoria. Ele competiu nos GPs da Holanda e Itália, terminando em 15º e 14º, respectivamente, ambas logo atrás de seu companheiro, Giovinazzi.

Mas ao final de 22, com seu patrocinador deixando a Alfa Romeo, Kubica também rompeu seu último laço com a F1.

Nova redenção no endurance e o triunfo em Le Mans

Ainda em 21, enquanto ocupava o posto de reserva na Alfa Romeo na F1, Kubica começou a se dedicar cada vez mais às provas de endurance. Seu primeiro passo foi na ELMS (Le Mans Series Europeia), mas rapidamente ele conseguiu uma vaga no WEC (Mundial de Endurance).

Nas temporadas de 22 e 23, ele competiu na LMP2, de protótipos de equipes independentes. Na segunda temporada, inclusive, ele conquistou o título mundial da classe pela equipe WRT.

Para 2024, Kubica foi contratado pela equipe AF Corse, responsável pela operação da Ferrari na categoria, para correr em um dos Hipercarros (classe principal) da marca italiana. Ao lado do israelense Robert Shwartzman e do chinês Yifei Ye, ele conquistou a vitória geral na etapa de Austin, nos EUA.

Kubica no pódio das 24 Horas de Le Mans de 2025: a grande vitória após uma jornada de muita resiliência (Foto: WEC/DPPI)

Em 2025, com Ye e o britânico Phil Hanson, ele conquistou provavelmente a vitória mais importante de sua carreira, nas 24 Horas de Le Mans, pilotando o protótipo Ferrari.

Aos 40 anos, Kubica deixa claro todos os dias que ainda tem mais a conquistar no automobilismo. E que ninguém deve duvidar dele. Mas seja o for que ainda o aguarda no futuro, sua história certamente já ficará marcada como um exemplo de resiliência e amor ao esporte a motor.

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