Vitória em Silverstone rende novos recordes a Hamilton na F1
O triunfo no GP da Grã-Bretanha representou para Lewis Hamilton o fim de um jejum de vitórias na F1 que durou 2 anos e 7 meses de jejum, com 56 etapas no período.
A última vez que o heptacampeão mundial subiu ao lugar mais alto do pódio tinha sido no GP da Arábia Saudita de 2021, penúltima prova daquela temporada.
Hamilton não escondeu o quanto a vitória representou para ele depois deste hiato. Chorou ainda dentro do cockpit, quando conversava com a equipe Mercedes durante a volta de celebração, algo bastante incomum em sua carreira.
Na entrevista pós-corrida, ele ainda admitiu que em um momento durante seu período sem vitórias, ele chegou a temer nunca mais triunfar na F1 novamente. “Com certeza tiveram dias entre 2021 e agora que eu senti que não era bom o bastante, ou se eu iria retornar para onde estou hoje”, declarou o britânico.
Claro que a vitória de Hamilton ainda não significa que ele retornou à forma em que estava até 2021, quando foi vice-campeão mundial para Max Verstappen após uma batalha que durou até a última volta da corrida final da temporada.
Ele ainda é apenas o oitavo colocado do campeonato de 2024, com 110 pontos, um atrás de seu companheiro, George Russell, e a 145 do líder da classificação geral, Verstappen. A própria Mercedes, que venceu as últimas duas etapas e ainda conquistou toda a primeira fila do grid em Silverstone, ainda parece estar atrás de Red Bull e McLaren.
Mesmo assim, aos 39 anos e a poucos meses de fazer uma das mudanças mais ousadas de carreira, quando deixará a Mercedes para se transferir para a Ferrari em 2025, Hamilton mostrou que ainda consegue pilotar em alto nível e surpreender rivais quando a situação da pista ou da corrida fica mais difícil.
E os números do britânico falam por si após mais um triunfo que o levou a ampliar recordes que já eram seus ou até a conquistar novos.
As novas marcas de Hamilton após Silverstone
Hamilton chegou à sua vitória de número 104 na carreira e segue como o piloto com mais triunfos na história da F1, agora 13 à frente do segundo colocado, Michael Schumacher.
Em Silverstone, ele ainda ultrapassou Schumacher e se isolou como detentor de outros dois recordes. Essa foi a sua nona vitória no GP da Grã-Bretanha, recorde de triunfos em um mesmo evento, deixando as oito do alemão no GP da França para trás.
É bom lembrar que neste quesito, Hamilton também está empatado com Schumacher com oito no GP da Hungria, o que lhe abre a oportunidade de ter em um futuro próximo (Hungaroring é a próxima etapa da F1 em 2024) o recorde com duas provas diferentes.
O britânico também se isolou em número de temporadas diferentes em que venceu pelo menos uma corrida, agora com 16 contra 15 de Schumacher.
Hamilton se tornou o piloto com o maior intervalo entre sua primeira e última vitória (ou, pelo menos a mais recente). São 17 anos e 29 dias entre seu triunfo no GP do Canadá de 2007 e o da Grã-Bretanha de 2024, deixando para trás Kimi Raikkonen, que liderava a estatística com 15 anos e 6 meses entre sua primeira e última conquista na F1, em 2003 e 18, respectivamente.
Aos 39 anos e 6 meses de idade, Hamilton é o 12º piloto mais velho da história a vencer uma etapa do Mundial. Se excluirmos as edições das 500 Milhas de Indianápolis da década de 50 que contaram para o campeonato mesmo não aceitando carros de F1, ele entra para o top 10 da estatística em décimo.
E considerando que ele tem um contrato assinado com a Ferrari até o final de 2026, ele teria condições superar alguns nomes que venceram pouco mais velhos do que ele. Hamilton, hoje, é apenas quatro meses mais jovem do que Clay Regazzoni era em seu último triunfo, 9 meses do que Graham Hill, um ano do que Maurice Trintignant e 1 ano e três meses do que Nigel Mansell.
Será que são números que ele conseguirá ampliar nestes últimos meses de Mercedes ou nas próximas temporadas de Ferrari?
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