
Castroneves destaca consolidação da F1 nos EUA: “Outro nível”
Helio Castroneves partiu para o automobilismo americano em 1996, quando estreou na Indy Lights, categoria de base da antiga Indy. Desde então, seguiu construindo uma carreira de muito sucesso nos EUA, com destaque para suas quatro vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis, além dos três triunfos nas 24 Horas de Daytona e do título da IMSA.
Com o olhar de piloto estabelecido no automobilismo americano, Castroneves analisou o crescimento recente da F1 no país. A categoria que tem base na Europa passou décadas buscando uma consolidação comercial e esportiva nos EUA quando era comandada por Bernie Ecclestone, mas sempre enfrentou muitas dificuldades para ganhar espaço no mercado do país.
Inclusive, a F1 chegou a passar dos períodos importantes entre 1991 e 2000 e depois entre 2007 e 12 sequer sem etapa no calendário. Uma situação totalmente contrária do que acontece hoje, em que não só tem o GP dos EUA, em Austin, como ainda recebe mais duas corridas, em Miami e Las Vegas. Essa última, inclusive, tem a própria F1 como promotora local do evento, algo inédito na história.
Em entrevista exclusiva ao Projeto Motor, Castroneves disse que acredita que a presença com um número maior de corridas e a estratégia de se abrir para um trabalho de mídia (que envolve série no Netflix, filmes, YouTube e redes sociais mais atuantes) ajudou no crescimento da F1 nos EUA.
“A F1 já ganhou o espaço. Não só nos EUA, mas acho que no mundo inteiro. Ela sempre foi muito vista fora, nos EUA nem tanto. Mas sem dúvida agora, a F1 está em um outro nível nos EUA. Está todo mundo empolgado, todo mundo gosta de ver”, afirmou o piloto de 49 anos.

Em 2025, Castroneves irá correr de forma regular na Stock Car no Brasil, além de já ter participado, por exemplo, da icônica prova da Daytona 500 da Nascar. Na Indy, ele participará mais uma vez das 500 Milhas de Indianápolis pela equipe Meyer Shank Racing, da qual atualmente ele é um dos sócios junto com a Liberty, proprietária da F1.
Castroneves também destacou ao Projeto Motor o sucesso do GP de Miami de F1, que, segundo ele, mexe de forma intensa com cidade. A corrida, que estreou em 2022 após longas negociações e anos de mudanças de planos, ganhou uma extensão de seu contrato até 2041, se tornando a etapa com o acordo mais longo do atual calendário da categoria.
“É impressionante em Miami, a dinâmica que é. A Liberty, que é uma das sócias da minha equipe [na Indy], fez um bom trabalho e segue adiante”, comentou o piloto.
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