
Pilotos da Argentina que marcaram a história da F1
Apesar de participações bastante discretas no final do século XX e totalmente ausente nas últimas duas décadas, a Argentina tem uma história de pilotos importantes e com grandes resultados na história da F1.
As estatísticas mostram números relevantes com um total de 22 participantes do país sul-americano que largaram em pelo menos uma etapa do Mundial, com um total de 38 vitórias, 98 pódios e cinco títulos mundiais.
O mais famoso e bem-sucedido é certamente Juan Manuel Fangio. Ele participou da primeira prova da história da F1, o GP da Grã-Bretanha de 1950, quando já era um piloto importante no cenário internacional, aos 39 anos.
E mesmo assim, Fangio ainda teve tempo de construir uma carreira de sucesso no Mundial, com 24 vitórias, 29 poles e 5 títulos mundiais em apenas 51 GPs até 1957.
Não há dúvidas que o representante da Argentina foi a primeira grande estrela da F1. E se colocarmos sua participação em um contexto, é impossível descarta-lo como um dos maiores até hoje. Se superado ao longo dos anos em números absolutos, em aproveitamento percentual, Fangio lidera todas essas estatísticas da F1 até os dias de hoje.

As outras estrelas da Argentina na F1
Fangio é até hoje o único campeão mundial argentino, mas o país teve outros pilotos de destaque. José Froilán González conquistou apenas 2 vitórias em sua carreira na F1, porém, com um peso enorme.
O seu triunfo do GP da Grã-Bretanha de 1951 foi o primeiro da história da Ferrari no Mundial. Em 54, ele foi vice-campeão pela escuderia, atrás apenas de Fangio, que corria pela Mercedes, marcando uma dobradinha argentina naquela temporada.
Outro piloto que escreveu um belo capítulo desta história é Carlos Reutemann, que somou 12 vitórias na F1 entre 1972 e 82. O piloto de Santa Fe ficou em 3º no campeonato em três oportunidades.
Seu grande ano, porém, foi em 1981, quando bateu na trave ao terminar com vice-campeonato por apenas um ponto a menos que Nelson Piquet. Naquele ano, Reutemann protagonizou uma dura briga interna com seu companheiro de equipe na Williams, Alan Jones.
O argentino chegou a desrespeitar uma ordem de equipe de ceder uma vitória ao australiano, que nunca o perdoou por isso. Assim, mesmo com a Williams tendo um carro mais forte no geral, a batalha entre seus dois pilotos abriu espaço para Piquet e sua constante e confiável Brabham conquistar o título. Já contamos detalhes desta temporada em artigo no nosso site.

Além dos títulos mundiais e vitórias, a Argentina também teve pilotos que conseguiram feitos importante. Roberto Mieres, Carlos Menditeguy, Onofre Marimón e Oscar Galvez escreveram seus nomes na história da participação do automobilismo sul-americnao na F1 ao marcarem pontos em suas participações no Mundial.
A última participação e o retorno em 2024
Gastón Mazzacane era o último piloto argentino a competir na F1 até então. Ele largou em 21 corridas entre 2000 e 01 por Minardi e Prost e teve como melhor resultado na carreira um oitavo lugar no GP da Europa de 2000, pela Minardi, o que nos dias de hoje valeria quatro pontos em seu currículo.
Agora, a Argentina voltará a ter um piloto no grid com Franco Colapinto, de 21 anos, que estava na F2 e foi promovido pela Williams com efeito imediato a partir do GP da Itália até o final da temporada de 2024 no lugar do americano Logan Sargeant.
No momento em que deixa a F2, Colapinto, que faz sua primeira temporada completa na categoria, ocupa a sexta colocação do campeonato, mas está à frente de seu companheiro na equipe MP, Dennis Hauger, piloto que foi campeão da F3 em 2021 e da F3 Italiana em 19.

Em 23, o piloto da Argentina terminou a F3 na quarta posição, com duas vitórias e cinco pódios, e quase o dobro de pontos de seus parceiros de time, também na MP.
O último título de Colapinto foi em 2019, na F4 Espanhola. Mas mesmo que não tenha outros resultados de brilho, seu desempenho consistente com carros medianos nas categorias de base chamou a atenção da Williams, que resolveu contratá-lo para sua academia de jovens pilotos em janeiro de 2023.
Com o desempenho ruim de Sargeant, que chegou à equipe pelo mesmo caminho e era titular desde o começo de 23, o time resolveu fazer a troca ainda durante a temporada de 24 para avaliar o argentino.
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