Crashgate: o escândalo da batida proposital de Piquet em Singapura

Um dos maiores escândalos da história da F1 completa 10 anos em 2018. A primeira edição do GP de Singapura, no dia 28 de setembro de 2008, foi marcada pelo polêmico complô que resultou em uma batida proposital de Nelsinho Piquet, o que foi fundamental para que Fernando Alonso obtivesse uma improvável vitória naquele dia. O evento ficou conhecido como Crashgate.

A vitória de Alonso veio em um momento já difícil para a Renault, uma vez que a equipe campeã mundial pouco antes, em 2005 e 2006, havia ficado para trás, sendo superada de vez por McLaren, Ferrari e BMW.

Por essas e outras, a chefia da Renault – composta por Flavio Briatore e Pat Symonds – arquitetou o plano na prova inaugural em Marina Bay. Alonso, que vinha apresentando forte ritmo durante o fim de semana, quebrou durante a classificação e teve de largar somente em 15º.

Assim, o time se inspirou em um caso envolvendo Piquet dois meses antes, que lhe rendeu um pódio inesperado em Hockenheim ao casar um pit stop na hora certa e um safety car que foi uma mão na roda.

Foi o que aconteceu. Alonso adotou uma estratégia de parar cedo (algo considerado estranho na época para os pilotos que largavam lá de trás), e, poucas voltas depois, veio a batida de Piquet.

Nelsinho colidiu na Curva 17, um ponto calculado cuidadosamente para que o safety car entrasse – já que lá era um local de difícil remoção. E a tática acabou dando certo para a Renault, já que Alonso assumiu a ponta e venceu.

Na época, muita gente suspeitou da “feliz coincidência”, mas ainda era difícil ter provas concretas. O caso só caminharia na justiça caso algum envolvido, sobretudo Nelsinho, fizesse uma queixa formal perante a FIA.

Foi o que aconteceu em 2009. Nelsinho foi demitido da Renault e pouco depois deu depoimento à FIA explicando o caso. A história teve seus diversos desdobramentos, tanto nos tribunais quanto no próprio funcionamento da equipe Renault na F1, mas já estava estabelecida como um dos maiores escândalos já vistos na categoria.

Explicamos o caso com mais detalhes sobre o Crashgate em nossa nova seção de vídeo “F1 em cinco minutos”:

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