asa móvel da F1 aberta
(Foto: Rudy Carezzevoli/Getty Images/Pirelli)

Principais mudanças nas regras da F1 para 2025

De tempos em tempos, a F1 passa por grandes transformações em seu regulamento, que têm como objetivo alinhar a categoria com o avanço de novas tecnologias ou aumentar a competitividade e segurança dos carros.

Em anos mais recentes, isso aconteceu, por exemplo, em 2014, 22 e irá novamente ser efetivado em 2026, com novos conceitos tanto para chassis quanto para as unidades de potência.

Porém, isso não quer dizer que entre essas grandes alterações das regras, a F1 não passe por ajustes importantes. Isso acontece principalmente para fechar brechas exploradas pelas equipes que vão na contramão do objetivo do regulamento e pequenos mudanças para aumentar a competitividade e a segurança da categoria.

Como em 26 a F1 passará por uma grande reformulação, por questão de custos e atenção dos engenheiros, 25 não poderia ter enormes transformações. Porém, isso não significa que não acontecerão pequenas alterações, como acontecem quase todos os anos.

Fim do ponto extra na F1 e mais pits em Mônaco

A mudança que deve ser mais sentida e vista pelo público se refere ao regulamento de pontuação. A distribuição básica segue a mesma (25 para o 1º até 1 para o 10º), porém, a F1 deixa de somar um ponto para o piloto que fizer a volta mais rápida da corrida.

Esse tento extra entrou em vigor no Mundial em 2019 com o intuito de incentivar os pilotos a tomarem mais riscos e manterem ritmo forte nas voltas finais das corridas, mesmo que uma ultrapassagem não estivesse no radar.

No entanto, após análises dos últimos anos, chegou-se à conclusão de que a pontuação acaba indo quase sempre para o piloto que tinha margem para realizar um pit stop sem perder a posição nas últimas duas voltas e andar com pneus novos e carro mais leve no giro final.

Outra alteração no regulamento que deve chamar a atenção dos fãs é restrita ao GP de Mônaco. Por conta da natureza do traçado, que praticamente inviabiliza ultrapassagens com os carros atuais, a F1 decidiu obrigar que os pilotos façam no mínimo dois pit stops durante a prova. Nas outras pistas, segue a obrigatoriedade de apenas uma parada com a utilização de tipos de pneus diferentes.

Em caso de chuva em Mônaco em que os pilotos utilizem pneus de pista molhada ou intermediários, eles também serão obrigados a parar para a troca pelo menos uma vez.

Mônaco é uma das pistas mais difíceis de ultrapassagem na F1
Mônaco é uma das pistas mais difíceis de ultrapassagem na F1 (Fotos: Glenn Dunbar/LAT/Pirelli)

Grid de largada sem classificação

Em situações como a do GP de São Paulo de 2024, em que a chuva quase inviabilizou a sessão de classificação que define o grid de largada da prova, a direção de prova agora tem novos protocolos.

Em caso de se chegar à conclusão que existe o risco de não ser possível realizar a tomada de tempos, o grid de largada da corrida seguirá a ordem da classificação do campeonato naquele momento. Isso vale também para provas sprint.

A exceção é na corrida de abertura do campeonato, em que o regulamento passa a permitir que os comissários de prova definam a ordem do grid da forma como acharem mais justo.

Brechas do DRS e asa traseira

A FIA buscou formas de diminuir a chance das equipes explorarem o conceito de “Mini-DRS” apresentado pela McLaren em 2024. A ideia era que o elemento superior da asa traseira se mexesse levemente em trechos de alta apenas pela pressão do ar, mesmo fora da zona da asa móvel. Isso diminui um pouco o arrasto da peça e permite uma vantagem em velocidade máxima.

A F1 agora colocou no regulamento que este elemento pode estar aberto nos trechos do DRS ou fechado fora deles, sem meio termo por qualquer milímetro que seja. Assim, nos testes de fiscalização, ele deve ficar sempre estático.

Além disso, também serão implementadas cargas maiores para os testes de flexibilidade da asa traseira para evitar que ela se mova em altas velocidades e, assim, também diminua o arrasto aerodinâmico dos carros de forma irregular.

Peso dos carros e sistema de resfriamento dos pilotos

Com o objetivo de punir menos os pilotos mais altos e pesados, a massa mínima dos carros (que inclui o piloto e todo seu equipamento) aumentou em 2 Kg em 2025, o que significa que agora é de 800 Kg no total.

Além disso, por conta de provas que acontecem em situações críticas de calor como Singapura, etapas no Oriente Médio, entre outras, em corridas (regulares ou sprint) em que a previsão oficial do tempo da F1 indicar que a temperatura média será de pelo menos 31°C, a direção de prova irá declarar que ela irá acontecer em situação de risco de calor.

Sendo assim, o peso mínimo dos carros será elevado em mais 5 Kg para compensar a instalação do sistema de resfriamento dos pilotos.

Hulkenberg, da Sauber, e Gasly, da Alpine, na abertura da F1 2025, em Melbourne
Hulkenberg, da Sauber, e Gasly, da Alpine, na abertura da F1 2025, em Melbourne (Foto: Zak Mauger/Getty Images/Pirelli)

O equipamento consiste em um colete que os pilotos vestirão por baixo do macacão com uma série de dutos por onde um líquido resfriado passará. O sistema ainda utiliza uma bateria para manter o funcionamento durante todo o período da prova.

Em 2025, os pilotos não serão obrigados a utilizarem o colete mesmo que a direção de prova ative o protocolo de risco de calor, porém, as equipes obrigatoriamente terão que instalar os equipamentos no carro.

Menos testes com carros antigos, mais treinos para novatos da F1

Enquanto testes particulares são praticamente proibidos na F1, as equipes têm uma brecha de utilizarem seus pilotos em sessões privativas com carros de pelo menos duas temporadas anteriores.

Só que esses testes passam a ter uma limitação maior em 2025, com cada piloto podendo somar no máximo 1.000 Km divididos em até quatro dias.

Por outro lado, a F1 resolveu aumentar a obrigação das equipes de colocarem pilotos jovens para andarem em seus carros durante treinos livres da temporada.

Desde 2022, os times são obrigados a conceder a pilotos novatos a participação em pelo menos um primeiro treino livre de etapas de campeonato por carro. Agora, eles serão obrigados a colocarem seus jovens competidores duas sessões por carro, aumentado a participação para no mínimo quatro treinos por equipe.

Importante ressaltar que para ser elegível de participar de uma sessão nestes moldes, o piloto não pode ter participado de mais de dois GPs de F1 em sua carreira.

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