A F1 anunciou nesta quarta-feira (05) seu calendário para a temporada de 2024. A categoria mais uma vez flerta com o número de 24 etapas, que já vem tentando realizar nos últimos anos, mas que acaba sendo inviabilizado ano a ano por conta de cancelamentos e adiamentos.

Desta vez, porém, a F1 está bastante confiante de que conseguirá fazer sua temporada recorde. A grande novidade será o retorno do GP da China, que não acontece desde 2019 por conta da pandemia do Covid-19.

Com tantos acordos para esta enorme temporada, a F1 também precisou fazer alguns ajustes em datas por conta da logística das viagens. Não só por uma questão de custos, mas também por conta de seu objetivo de zerar sua pegada de carbono a partir de 2030.

Acontece que viagens de aviões e outros veículos de cargas como caminhões e navios formam uma das partes mais poluentes de todo o processo da categoria em cada evento. Por isso, houve uma preocupação em maior regionalização das provas.

Movimentações dos GPs por calendário da F1 regionalizado

O evento que sofreu a maior mudança com essa questão foi o GP do Japão, tradicionalmente na fase final do campeonato, que foi alterado de setembro para abril. A corrida agora vai fazer parte da primeira perna de cinco corridas da programação com etapas na Ásia e Oceania, em uma sequência de Skahir, Jeddah, Melbourne, Suzuka e Xangai.

O GP do Azerbaijão fez o caminho contrário, indo de abril para setembro, quando fará uma dobradinha com a etapa de Singapura e encerrando a fase europeia do calendário da F1.

A outra mudança é menos radical, com o GP do Catar, que depois de sua estreia em 2021, retorna ao calendário em 23 de forma fixa e com contrato de 10 anos. A etapa mudou de outubro, quando acontece a edição deste ano, para dezembro. Assim, a corrida de Losail será a penúltima da temporada, uma semana antes do encerramento do campeonato em Abu Dhabi.

O GP de São Paulo foi mantido no primeiro final de semana de novembro, mesma data de 2023. A etapa brasileira fará parte de uma perna americana cada vez mais longa, com início em 20 de outubro em Austin, nos Estados Unidos, e que passa depois por Cidade do México, Interlagos e Las Vegas.

Quem talvez furou essa regionalização das etapas da F1 foram Miami e Montreal. A prova da Flórida ficou isolada entre o fim da primeira perna asiática, na China, e o começo a europeia, em Imola. Já a segunda, ficou bem no meio da sequência de corridas na Europa, entre Mônaco e Barcelona.

Porém, existem questões locais, de clima, organização e comerciais que inviabilizam a mudança dessas corridas para outras datas mais próximas com as corridas que acontecem na América. Para Miami, é importante ficar mais longe das outras duas etapas dos Estados Unidos que serão realizadas no final do ano. E para Montreal, é inviável fazer uma corrida entre outubro e novembro por conta do frio e o fato de atualmente o evento ser o carro chefe da grande programação turística de verão da cidade em junho.

Corridas aos sábados

A F1 terá também como novidade a adição de mais corridas aos sábados. O GP de Las Vegas de 2023 já acontecerá neste dia da semana. Aliás, dia não, mas noite, já que a ideia é justamente realizar a prova num sábado à noite e promover para o mundo o que a cidade tem de melhor para seus turistas.

Toda a programação do evento, então, será adiantada em um dia, com a programação de mídia acontecendo na quarta-feira, treinos livres na quinta, e a sessão de classificação na sexta.

Para 2024, mais duas etapas seguirão este esquema. Justamente as duas primeiras provas da temporada: Bahrein e Arábia Saudita. A questão aqui, porém, é religiosa, já que as corridas irão acontecer logo antes do Ramadã, período do ano em que os muçulmanos se dedicam a orações e reflexões, e fazem um jejum obrigatório. O Ramadã de 2024 começa em 10 de março, um dia depois do GP da Arábia Saudita.

Confira o calendário da temporada de 2024 da F1: