Salto no pódio se tornou comemoração registrada de Schumacher após agrandes atuações
(Foto: Ferrari)

As maiores atuações da carreira de Schumacher | 10+ Projeto Motor #21

Com sete títulos mundiais, 91 vitórias, 155 pódios e um estilo muito especial de pilotagem, Michael Schumacher coleciona desempenhos brilhantes na F1. Assim, o Projeto Motor decidiu por homenagear o alemão com mais um artigo da seção 10+, celebrando suas maiores atuações ao volante na categoria.

No entanto, não foi nada fácil chegar à lista – afinal, muitas apresentações de gala tiveram de ficar de fora. Como esquecer de sua primeira vitória na F1, na Bélgica, em 1992? Ou da histórica conquista em Suzuka, 2000, que rendeu o tri? E o tenso e crucial triunfo em Monza, em 2003, que o fez reagir rumo ao hexa? O que dizer de sua vitória na China, em 2006, no molhado, sua última na categoria?

Pois é, são tantas atuações de destaque que fica difícil escolher. Confira abaixo quais foram as provas selecionadas pelo Projeto Motor e, claro, fique à vontade para deixar a sua versão da lista nos comentários abaixo!

10 – GP de San Marino de 2005
Posição no grid: 
13º
Posição final: 

O alemão iniciou a temporada de 2005 sofrendo com a falta de competitividade de sua Ferrari e dos pneus Bridgestone, mas teve um lampejo “dos velhos tempos” em Ímola. Um erro na classificação o jogou para o 13º no grid, mas uma estratégia certeira aliada a um ritmo alucinante o fez incomodar Alonso pela vitória. Apesar de registrar as 10 voltas mais rápidas da prova, Schumacher não conseguiu superar o espanhol, mas mesmo assim provou que estava mais afiado que nunca.

9 – GP da Malásia de 1999
Posição no grid: 
Posição final: 

Afastado das pistas por três meses após um grave acidente em Silverstone, Schumacher retornou à ativa no GP da Malásia inaugural com tudo: anotou a pole position com quase 1s de vantagem para o resto. Na corrida, provou que também sabia ser escudeiro, já que deixou Eddie Irvine passar e protegeu seu colega de time das investidas de Mika Hakkinen. No fim, a dobradinha deixou o irlandês perto do título mundial que acabou não vindo.

“Ele fez todo o trabalho duro por mim. Ele é o melhor número um e provou que também é o melhor número dois”, elogiou Irvine

8 – GP do Brasil de 2006
Posição no grid:
 10º
Posição final: 

Na corrida que marcaria sua despedida da F1 (a primeira, pelo menos), Schumacher mostrou que ainda tinha lenha para queimar. Depois de partir em 10º no grid (sofreu problemas mecânicos na classificação) e ter um pneu furado nas voltas iniciais, o heptacampeão impôs seu ritmo alucinante habitual e protagonizou uma das corridas de recuperação mais marcantes já vistas. A bela e arrojada ultrapassagem sobre Raikkonen a quatro voltas do fim representava um desfecho digno à sua carreira.

Ferrari se despede de Schumacher após o GP do Brasil de 2006
Ferrari se despede de Schumacher após o GP do Brasil de 2006 (Foto: Ferrari)

7 – GP da França de 2004
Posição no grid: 

Posição final: 

Na temporada de 2004, Schumacher dominava tanto que vencia de tudo quanto é jeito. Isso incluiu uma vitória inesperada em Magny-Cours, na qual usou uma incomum estratégia de quatro pitstops para superar o pole position Alonso. O “nó tático” foi dado após uma ideia da equipe e executada com perfeição na pista pelo alemão, que soube acelerar fundo nas horas certas e sair na frente após o splash and go final.

6 – GP da Europa de 1995
Posição no grid: 

Posição final: 

Foi a corrida em que Schumacher colocou a mão na taça para o bi. O alemão precisou superar uma batalha intensa com as Williams na pista e descontar uma enorme vantagem construída por Jean Alesi no início da prova, quando o francês fez uma aposta certeira com slicks no molhado e abriu mais de 30s. Schumacher pisou fundo e tirou a diferença pouco a pouco, até realizar, por fora, a belíssima ultrapassagem da vitória a três voltas para o fim.

5 – GP da Espanha de 1994
Posição no grid: 1º
Posição final: 2º

Schumacher, vencedor das quatro primeiras etapas de 1994, largou na pole e pulou na liderança. Tudo indicava mais uma vitória tranquila, quando o Benetton B194 começou a apresentar problemas no seletor de marchas na 20º das 65 voltas. O alemão seguiu apenas a quinta. Ele perdeu posições para Hakkinen e Hill, mas conseguiu se manter no ritmo. Fez duas paradas no pit (apenas com a quinta) e se manteve próximo, recuperando, inclusive, o segundo lugar contra o finlandês. Com o abandono de Hakkinen, chegou ao final com mais de 1 minuto de vantagem para o terceiro colocado, Blundell.

4 – GP da Bélgica de 1997
Posição no grid: 3º
Posição final: 1º

Uma decisão certa e um show de pilotagem. Apesar da forte chuva antes da corrida, Schumacher resolveu sair com pneus intermediários, ao contrário dos dois primeiros do grid, Villeneuve e Alesi, de chuva intensa. A corrida teve duas largadas, a segunda atrás do safety car, na quarta volta. O canadense da Williams completou o quarto giro na frente, mas no quinto… Schumacher passou Alesi na La Source e Villeneuve na Rivage. Ao final daquela volta, ele já tinha mais de 5 segundos de vantagem. A partir deste momento, ele só abriu na frente, mostrando toda sua habilidade no molhado.

3 – GP da Bélgica de 1995
Posição no grid: 16º
Posição final: 1º

Schumacher saiu em uma rápida recuperação e, na 15ª volta, já era segundo, atrás de Hill. Quando começou a chover, o inglês da Williams parou para a troca enquanto a alemão seguiu com sua Benetton com pneus de pista seca. Hill era seis segundos mais rápido por volta que o rival e encostou rapidamente. Os dois protagonizaram uma dura – e polêmica por conta das fechadas de Schumacher – batalha, até que o piloto da Benetton saiu da pista e cedeu a ponta. Quando a pista secou, no entanto, Hill parou novamente e Schumacher reassumiu a liderança, para não perder mais.

2 – GP da Hungria de 1998
Posição no grid: 3º
Posição final: 1º

Sem chance de bater as McLarens em Hungaroring em ritmo normal, Ross Brawn desenhou uma estratégia ousada em que Schumacher teria que parar uma vez a mais que os rivais. Para isso, ele teria que aproveitar o momento em que estaria mais leve e andar mais rápido para compensar a parada extra. Schumacher então realizou um trecho de 17 voltas em um ritmo insano, cerca de 2s mais rápido por volta, para parar novamente nos boxes, reabastecer e voltar à frente dos rivais da McLaren. A tática deu certo, mesmo com um pequeno erro do alemão, em que ele quase saiu da pista. Foi a demonstração que se a Ferrari tinha as melhores estratégias, também tinha o piloto certo para fazê-las funcionar.

1 – GP da Espanha de 1996
Posição no grid: 3º
Posição final: 1º

É quase uma unanimidade. Um verdadeiro show na chuva de Schumacher, que após uma largada ruim que o derrubou para sexto, assumiu a ponta na 13ª volta e deu um passeio nos rivais. Mesmo sofrendo com falha em um dos cilindros do  motor nas voltas finais (o que comprometeu o rendimento e deixou seu bólido com o ruído de uma britadeira), ele cruzou a linha de chegada com 45 segundos de vantagem para o segundo colocado, Alesi, subindo ao alto do pódio pela primeira vez com o macacão da Ferrari. Para se ter ideia de seu ritmo acima da média em toda corrida, sua melhor volta foi 2s2 melhor do que a do piloto que chegou mais próximo. Um desempenho que ficou marcado na carreira do então bicampeão.

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