As principais estatísticas e números da pré-temporada 2023 da F1
Em 2023, a F1 realizou a sua menor pré-temporada coletiva, com apenas três dias de testes para todas as equipes, realizados no circuito do Bahrein. A pista é a mesma que vai sediar a abertura do Mundial, no próximo final de semana (05/03).
A nova temporada é a segunda do novo regulamento, o que significa que boa parte das equipes partiu para ajustes no que encontraram de errado em seus modelos de 2022 e fazer evoluções.
Alguns times mudaram um pouco mais seus carros, outros menos, isso sem contar as alterações que nem são tão perceptíveis nas imagens realizadas durante os poucos testes. Além disso, já se sabe que muitos concorrentes, utilizando as ferramentas de simulação nas fábricas, já planejam atualizações para as primeiras etapas do campeonato da F1.
De qualquer forma, esse primeiro contato com a pista de forma coletiva na pré-temporada é também a chance de ver os novos carros da F1 trabalhando. É sempre bom lembrar que os testes de pré-temporada são sempre bem complicados de interpretar.
É quase que uma tradição se alertar ao fãs e seguidores que tabelas de tempos não significam muito, que não se sabe a configuração aerodinâmica, peso pela quantidade de combustível, limitações de giro de motor entre outros parâmetros importantes de cada equipe. O Projeto Motor até já publicou um vídeo com dicas sobre o que se deve realmente ficar de olho durante os testes.
E se não podemos tiver muitas conclusões até os carros partirem para a primeira corrida de verdade, pelo menos, podemos olhar algumas estatísticas, que apontam principalmente para a quilometragem (o que não significa apenas confiabilidade, mas também tempo que os carros ficaram na pista sem a necessidade de ajustes nos boxes) e constância de evolução dos tempos.
Separamos alguns destes números aqui.
Tabela de tempos da pré-temporada
Na tabela a seguir, vemos os tempos de cada piloto a cada dia. A classificação foi montada pelos melhores tempos do somatório dos três dias dos testes da F1. Em negrito está o melhor tempo de cada. Em parêntese, o número de volta.
DIA 1 | DIA 2 | DIA 3 | |||
1º. | Sergio PÉREZ | Red Bull RB19/Honda RBPT | 1min33s751 (76 voltas) | 1min30s305 (133) | |
2º. | Lewis HAMILTON | Mercedes W14 | 1min33s508 (83) | 1min33s954 (72) | 1min30s664 (65) |
3º. | Valtteri BOTTAS | Alfa Romeo C43/Ferrari | 1min34s558 (71) | 1min30s827 (131) | |
4º | Charles LECLERC | Ferrari SF-23 | 1min33s267 (64) | 1min32s725 (68) | 1min31s024 (67) |
5º | Carlos SAINZ | Ferrari SF-23 | 1min33s253 (72) | 1min32s486 (70) | 1min31s036 (76) |
6º. | Yuki TSUNODA | AlphaTauri AT04/Honda RBPT | 1min34s671 (46) | 1min35s708 (85) | 1min31s261 (79) |
7º. | Kevin MAGNUSSEN | Haas VF-23/Ferrari | 1min35s087 (57) | 1min33s442 (67) | 1min31s381 (95) |
8º. | George RUSSELL | Mercedes W14 | 1min34s174 (69) | 1min33s654 (26) | 1min31s442 (83) |
9º. | Fernando ALONSO | Aston Martin AMR23/Mercedes | 1min32s866 (60) | 1min32s205 (130) | 1min31s450 (80) |
10º. | Zhou GUANYU | Alfa Romeo C43/Ferrari | 1min33s723 (67) | 1min31s610 (133) | |
11º. | Max VERSTAPPEN | Red Bull RB19/Honda RBPT | 1min32s837 (157) | 1min31s650 (47) | |
12º. | Felipe DRUGOVICH | Aston Martin AMR23/Mercedes | 1min34s564 (40) | 1min32s075 (77) | |
13º. | Lando NORRIS | McLaren MCL60/Mercedes | 1min33s462 (40) | 1min35s522 (65) | 1min32s160 (37) |
14º. | Nyck DE VRIES | AlphaTauri AT04/Honda RBPT | 1min34s559 (85) | 1min32s222 (74) | 1min38s244 (87) |
15º. | Nico HULKENBERG | Haas VF-23/Ferrari | 1min34s424 (51) | 1min32s466 (68) | 1min33s329 (77) |
16º. | Logan SARGEANT | Williams FW45/Mercedes | 1min34s324 (75) | 1min32s549 (154) | |
17º. | Pierre GASLY | Alpine A523/Renault | 1min34s822 (60) | 1min33s186 (59) | 1min32s762 (56) |
18º. | Alex ALBON | Williams FW45/Mercedes | 1min33s671 (74) | 1min32s793 (136) | |
19º. | Oscar PIASTRI | McLaren MCL60/Mercedes | 1min34s888 (52) | 1min33s175 (74) | 1min33s655 (44) |
20º. | Esteban OCON | Alpine A523/Renault | 1min34s871 (53) | 1min33s490 (49) | 1min33s257 (76) |
Quilometragem na pré-temporada
Nesta tabela, confora a quilometragem acumulada por cada equipe nos três dias de testes da F1 eno Bahrein:
Equipe | Voltas | Km | |
1º. | AlphaTauri | 456 | 2.467 |
2º. | Williams | 439 | 2.375 |
3º. | Ferrari | 417 | 2.256 |
4º | Haas | 415 | 2.245 |
5º | Red Bull | 413 | 2.235 |
6º. | Alfa Romeo | 402 | 2.175 |
7º. | Mercedes | 398 | 2.153 |
8º. | Aston Martin | 387 | 2.094 |
9º. | Alpine | 353 | 1.910 |
10º. | McLaren | 312 | 1.688 |
Visual da F1 em 2023
Confira imagens dos carros das 10 equipes de 2023:
Tempos e pneus utilizados na pré-temporada
A Pirelli prepararou esse material mostrando como foram os pilotos a cada dia, destacando o composto que cada utilizou. Lembrando que a escala começa no C0, pneu mais duro e que normalmente tem mais durabilidade, até o C5, o mais macio e normalmente mais rápido em uma volta.
Comentário de Mario Isola, diretor esportivo da Pirelli:
“Esses três dias de testes foram muito úteis para as equipes, pilotos e também para nós. As equipes conseguiram afinar o acerto e seus carros na preparação para o próximo final de semana de corrida enquanto os pilotos tiveram tempo para encontrar confiança com a nova construção da mais recente gama da Pirelli, que este ano ganhou um novo composto que usaremos no próximo GP do Bahrein.
Os tempos de volta de hoje foram surpreendentes por serem em média 1s5 mais rápidos do que com os mesmos compostos em 2022. Isso é ainda mais significativo em um circuito como Sakhir, onde tração e frenagem são chave e não existem muitas curvas longas que exigem dos pneus.
O novo [composto] C1, que pode ser uma boa opção para a corrida do próximo final de semana, também foi bem recebido por todas as equipes, mostrando um bom nível de desempenho. Com uma gama mais ampla dos pneus, temos agora mais flexibilidade para escolhas, então podemos escolher compostos que se encaixam melhor com cada circuito.”
LEIA MAIS: Os ajustes da Pirelli para segundo ano dos novos carros e pneus da F1
Simulação de desempenho da F1
Utilizando ferramentas de acompanhamento automático de cada, a F1 realiza algumas simulações para entender o desempenho geral de cada equipe, independente do piloto, nas diferentes situações de teste.
Como faz a cada final de semana do campeonato, a F1 também realizou este experimento para tentar apontar o ritmo de classificação e de corrida, através da média de tempos de seus carros com determinados tipos de pneus e quantidades de voltas em sequência realizadas a cada entrada na pista.
É bom lembrar que mesmo sendo feitas pela própria F1, essas simulações ainda possuem limitações em dados, pois são realizadas de forma externa, através de análise de inteligência artificial, sem informações vindas de dentro dos times.
Entenda para que serve a tinta que as equipes passam nos carros durante os testes:
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