(Foto: Mark Thompson/Getty Images/ Red Bull Content)

F1 2024: os carros, novidades e expectativas de cada equipe

A F1 entra em 2024 com uma grande questão em mente: alguém pode bater de frente com o conjunto Red Bull e Max Verstappen? Considerando a diferença que a equipe austríaca impôs sobre os adversários em 2023 e a estabilidade do regulamento para a nova temporada, a impressão geral é que não será uma tarefa fácil.

De qualquer forma, o início de um novo campeonato é sempre um momento de esperança e muita curiosidade para saber o resultado do trabalho feito nos últimos meses no desenvolvimento das novas máquinas que irão para a pista.

A pré-temporada de 2024 da F1 mais uma vez será bastante curta, com apenas três dias de duração, entre 21 e 23 de fevereiro, no circuito de Sakhir. O autódromo do Bahrein também será a sede do GP de abertura da temporada, em dois de março.

Como tem acontecido nos últimos anos, antes dos testes, as equipes têm realizado lançamentos mais voltados para apresentação de suas novas pinturas e declarações iniciais de pilotos e dirigentes. Alguns times, ainda dão alguma mostra da base dos novos modelos, mas sem revelar muitos dos segredos dos projetos, que serão vistos publicamente apenas na pré-temporada.

Como faz tradicionalmente todos os anos, o Projeto Motor traz aqui uma página para você acompanhar todos os lançamentos das pinturas e depois com as primeiras imagens dos novos carros na pista durante os testes da F1. Essa página será atualizada a cada evento, por isso, basta você voltar ao mesmo endereço para ver todos os carros de 2024.

*Importante ressaltar que o organograma e estrutura de pessoas das equipes de F1 são diferentes, por isso, nem todas possuem exatamente o que chamamos de “chefe de equipe” ou “diretor técnico”. Porém, para facilitar o entendimento de quem está no comando administrativo e técnico de cada time, usamos essas nomenclaturas nas fichas abaixo e colocamos a pessoa que mais se aproxima deste cargo.

Red Bull

Depois de ganhar o título de pilotos de 2021 na última volta da última corrida em um embate histórico (e cheio de polêmicas) entre Max Verstappen e Lewis Hamilton, a Red Bull passou a dominar amplamente a F1 após a introdução do novo regulamento de 22.

Como o atual conjunto de regras deve seguir o mesmo até 2026, é difícil que o time não siga pelo menos como um dos grandes favoritos até lá. A base técnica, sob chefia do mago Adrian Newey, é bastante sólida e o piloto principal, Verstappen, segue em seu auge técnico.

O terceiro pé deste suporte de sucesso da Red Bull, porém, está enfrentando problemas. Christian Horner é chefe da equipe na F1 desde sua fundação. Já contamos aqui no Projeto Motor os detalhes de sua história.

Foi o dirigente austríaco que conseguiu a contratação de Newey, que na época trabalhava na McLaren, e comandou o desenvolvimento do time, que saiu em poucos anos do meio do pelotão para se tornar multicampeão entre 2010 e 14 e agora, vive mais um período de reinado.

Horner está passando por investigações internas do Grupo Red Bull sobre um possível “comportamento inapropriado”. Segundo o site da britânica BBC, a questão envolveria uma conduta de “natureza controladora”, que teria gerado uma denúncia por parte de um funcionário.

No início de fevereiro, a Red Bull divulgou um comunicado sobre o caso, afirmando que “depois de tomar conhecimento sobre certas alegações recentes, a empresa lançou uma investigação independente. Este processo, que já está em andamento, está sendo conduzido por um advogado especializado externo. A empresa leva essas questões muito a sério e a investigação será concluída o mais rápido possível”.

Horner nega de forma veemente as acusações. Ele participou normalmente do lançamento carro de 2024, junto com os pilotos e outros dirigentes importantes da equipe de F1. E, como era de se esperar, ele foi bastante questionado pela imprensa sobre o caso durante o evento.

“Claro que eu nego todas as alegações que foram feitas. Mas eu passarei pelo processo e o respeito totalmente. Para mim, é uma questão normal de negócios”, disse Horner em entrevista à BBC. “Claro que é uma distração para a equipe, mas a equipe está muito unida, está muito focada na temporada à frente e está sendo muito solidária”, continuou.

Agora, todos aguardam o resultado da investigação realizada pelo Grupo Red Bull para saber o futuro não só de Horner como da própria equipe de F1, dada a importância do dirigente na organização.

RED BULL RB20

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Carro: RB20
Chefe de equipe: Christian Horner
Diretor técnico: Adrian Newey
Motor: RBPT (Honda)
Pilotos: Max Verstappen e Sergio Pérez

Mercedes

Dominadora da maior parte da última década da F1, a Mercedes tem enfrentado anos difíceis, principalmente depois da mudança de regulamento de 2022. O time conquistou apenas uma vitória nas últimas duas temporadas, algo bastante aquém para uma organização que enfileirou sete títulos mundiais.

As mudanças no modelo W15 são bastante visíveis em relação aos seus predecessores. Tanto em termos de design quanto na pintura, que agora mistura o preto dos últimos anos (uma mensagem social) com o tradicional prata na frente, formando as tradicionais “Flechas de Prata”.

Os dois focos de desenvolvimento foram buscar uma traseira mais estável (pilotos reclamavam muito do quão imprevisível era o carro anterior) e a velocidade de reta (o arrasto aerodinâmico prejudicava o antigo modelo com o DRS aberto ou fechado). Mas essas alterações são apenas a parte visível de tudo que tem ocorrido dentro da Mercedes, com mudanças de corpo técnico, organização e cargos internos.

Para aumentar ainda mais a pressão, uma bomba inesperada caiu na equipe no começo de fevereiro de 2024, com o anúncio que Lewis Hamilton irá deixar a Mercedes ao final Do ano para se transferir para a rival Ferrari em 25.

A leituras sobre o movimento do heptacampeão são muitas e ficam basicamente no reino da especulação. Mas é impossível negar o enorme impacto da perda do piloto que venceu seis mundiais pelo time e se tornou o maior vencedor de corridas de todos os tempos da F1.

Ainda mais considerando que não estamos falando de uma aposentadoria, mas de uma antecipação do fim de contrato (Hamilton ainda tinha mais uma temporada pela Mercedes que resolveu não cumprir através de uma brecha no acordo) para uma mudança em direção a uma adversária.

Fica a pergunta sobre o clima da Mercedes em 2024 e o que a equipe pode fazer nesta última dança de Hamilton pelo time. Toto Wolff, chefe da equipe, admite que apesar da surpresa, ainda confia na chance de sucesso nesta temporada final do piloto com a marca alemã.

“Sabíamos que nossa parceria com Lewis terminaria um dia. Pensávamos que talvez fosse no final de 2025, então, o momento foi uma surpresa. Mas eu respeito a decisão que ele teve que enfrentar e tomou”, disse o dirigente.

“Nada mudou para este ano, e nosso foco continua o mesmo. Temos dois excelentes pilotos. Com George [Russell], temos um piloto rápido, talentoso e inteligente atrás do volante. Uma base sólida para o futuro. Com Lewis, temos um múltiplo campeão mundial motivado, e queremos que este último ano dele com a gente tenha o máximo de sucesso que podemos ter. Os dois pilotos passaram pelo mesmo aprendizado e lições importantes que a equipe nos últimos anos. Ambos sabem o que eles precisam fazer e isso é positivo para nós”, continuou.

Mercedes W15 na pré-temporada 2024

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(Foto: Steven Tee / LAT/Mercedes)

Carro: W15
Chefe de equipe: Toto Wolff
Diretor técnico: James Allisson
Motor: Mercedes
Pilotos: Lewis Hamilton e George Russell

Ferrari

Apesar de ser a única equipe a vencer uma corrida da F1 em 2023 contra a Red Bull, a Ferrari passou longe de ter uma temporada de sucesso. Depois de ensaiar uma briga pelo título em 22, a equipe italiana ficou na terceira posição entre os construtores na última temporada e seu piloto mais bem colocado na classificação geral do Mundial foi Charles Leclerc com uma tímida quinta colocação.

O novo modelo SF-24 traz mudanças conceituais importantes em relação aos seus predecessores. Internamente, a equipe também tem feito contratações para o setor de engenharia, tanto para o trabalho do novo carro quanto para as mudanças de regulamento que serão introduzidas em 2026.

Com Frédéric Vasseur completando um ano no cargo de chefe de equipe, após uma temporada mais de análises de processos internos e reorganização, existe uma expectativa de que marca de Maranello possa começar a colher frutos de sua nova estrutura interna. Mesmo que isso ainda não a leve a bater de frente com a Red Bull, mas que pelo menos traga uma consistência maior ao time durante o campeonato.

Impossível, no entanto, deixar de lado o maior anúncio que a escuderia fez este ano, que apesar de se concretizar apenas em 2025, claramente traz impactos para todo o clima e planejamento do time: a contratação de Lewis Hamilton.

Com uma notícia tão bombástica, a Ferrari tenta manter a concentração de todos em Maranello ainda em 24 para não transformar a atual temporada em uma mera preparação para a chegada de Hamilton.

Charles Leclerc teve seu contrato renovado para um longo prazo com o time. Sobrou então para Carlos Sainz, que fará em 2024 sua última temporada pela Ferrari e depois cede seu lugar a Hamilton.

Ferrari SF-24 na pré-temporada 2024

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(Foto: Steven Tee / LAT)

Carro: SF-24
Chefe de equipe: Frédéric Vasseur
Diretor técnico: Enrique Cardile
Motor: Ferrari
Pilotos: Charles Leclerc e Carlos Sainz

Aston Martin

A Aston Martin surpreendeu a todos no início de 2023 surgindo como uma potencial segunda força do campeonato. O time conquistou oito pódios e teve Fernando Alonso como seu grande destaque dentro da pista.

Só que o desempenho do time caiu durante a temporada de forma abrupta. A taxa de desenvolvimento não se manteve no nível das rivais e a Aston Martin, que passou as seis primeiras etapas como vice-líder do campeonato de construtores, terminou apenas em quinto.

Apesar da decepcionante segunda metade do ano, a equipe mostrou que tem potencial. E espera voltar em 2024 a desafiar as principais adversárias do pelotão da frente. Agora devidamente instalada em sua nova fábrica, uma das mais modernas da F1, o time aposta que terá as ferramentas certas para voltar a brigar por pódios – e quem sabe vitórias – durante todo o ano.

Por isso, o diretor técnico da equipe, Dan Fallows, apontou que espera entrar em 2024 com uma base sólida que permita depois um desenvolvimento contínuo sem exigir correções de rota.

“O objetivo principal é realmente termos um carro com uma boa plataforma para acrescentarmos as atualizações durante a temporada. Vimos, particularmente na última temporada, mas também na anterior, que a corrida de desenvolvimento durante o campeonato é absolutamente feroz e queremos ser tão competitivos nisso quanto fomos no início da nova temporada”, explicou.

Lance Stroll e Fernando Alonso seguem nos cockpits dos carros. O contrato do espanhol termina ao final de 2024 e seu nome já vem sendo um dos cogitados para a vaga que Lewis Hamilton deixará na Mercedes em 25.

“Estou ciente da minha situação no momento, que é única”, disse Alonso. “Existem apenas três campeões mundiais no grid, e campeões rápidos. E eu provavelmente sou o único disponível para 2025, então, estou em uma boa posição”, completou o bicampeão da F1.

Astom Martin AMR24 na pré-temporada 2024

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(Foto: Steven Tee / LAT Images)

Carro: AMR24
Chefe de equipe: Mike Krack
Diretor técnico: Dan Fallows
Motor: Mercedes
Pilotos: Fernando Alonso e Lance Stroll

RB

A mudança de nome da antiga AlphaTauri já parece ser algo grande, mas é apenas uma parte da enorme reformulação pela qual a equipe está passando.

Franz Tost, que comandava o projeto de time júnior da Red Bull na F1 desde o seu início, em 2006, deixou a organização e deu o lugar a Laurent Mekies. O novo dirigente chegou em janeiro do ano passado, mas foi tomando conta da organização aos poucos em uma longa transição com Tost.

Peter Bayer, que trabalhou por seis anos na FIA, assumiu o cargo de CEO, responsável pela administração mais geral. Tim Goss, que também estava trabalhando na entidade e passou mais de 20 anos na McLaren, foi contratado para chefe da área técnica, com Guillaume Cattelani vindo da irmã Red Bull como diretor técnico e Alan Permane, ex-Alpine, como diretor de corridas.

Enquanto a sede oficial da RB segue em Faenza, na Itália, (uma herança dos tempos que o time era a Minardi), a Red Bull investiu em uma nova área para os funcionários de engenharia da equipe trabalharem em Milton Keynes, ao lado da sede do time principal do grupo.

A ideia é explorar cada vez mais as novas permissões do regulamento de 2022 de compartilhamento de peças e projetos entre as duas equipes, o que deve resultar não só em melhores resultados, mas também menos custo. Claro que ainda existem limites importantes para estes procedimentos e certamente os adversários ficarão atentos ao perceberem se a linha for ultrapassada.

Enquanto as mudanças estruturais e de pessoas foram grandes, no cockpit, a RB preferiu apostar na estabilidade. Apesar da possibilidade de trazer o jovem neozelandês Liam Lawson, que chegou a fazer sua estreia em 2023 em uma sequência de corridas em que Daniel Ricciardo estava lesionado, o time preferiu manter o veterano australiano como titular ao lado de Yuki Tsunoda, que parte para sua quarta temporada com a equipe.

RB VCARB 01 na pré-temporada 2024

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(Foto: Steven Tee / LAT Images)

Carro: VCARB 01
Chefe de equipe: Laurent Mekies
Diretor técnico: Guillaume Cattelani
Motor: Honda
Pilotos: Daniel Ricciardo e Yuki Tsunoda

Alpine

Desde que retornou à F1 como equipe, ainda sob nome da Renault, sua proprietária, a Alpine sofre com o marasmo de uma posição intermediária entre os construtores, com alguns momentos de esperança (vitória de Esteban Ocon no GP da Hungria de 2021) e muitos de decepção pelo não atingimento de metas de médio e longo prazo.

Em 2023, a equipe francesa, mais uma vez, passou por uma grande reformulação interna. Saíram CEO, chefe de equipe, diretor técnico e outros nomes importantes da operação.

Bruno Famin, que desde 2022, era o responsável pelo setor de motores do grupo, assumiu o posto de vice-presidente de automobilismo e chefe de equipe na F1. O que significa que ele é o responsável pelo dia a dia do time na categoria, mas também tem sob seu guarda-chuva o novo programa da marca no WEC.

Matt Harman já era um dos diretores técnicos do time desde 2022, porém, a partir do ano passado, com a saída de Pat Fry, se tornou o líder de toda área técnica voltada ao chassi. Sendo assim, o modelo de 2024 será o primeiro desenvolvido totalmente sob sua responsabilidade.

E a promessa é de um modelo bastante diferente em termos de soluções para 2024 do que o que vem sendo apresentado para time nos últimos anos, com apostas altas em termos de aerodinâmica e suspensão, se aproximando bastante do que a Red Bull tem feito.

A Alpine ganhou um reforço no setor de motores com a contratação de Eric Meignan, ex-Mercedes. Porém, apesar de já assumir a operação total da área, não é segredo para ninguém que o foco principal de seu trabalho já é na nova unidade de potência que será introduzida em 2026.

Nos cockpits, a equipe segue apostando em sua dupla francesa formada por Ocon e Pierre Gasly, que conquistou um pódio cada em 2023.

Alpine A524 na pré-temporada 2024

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(Foto: Simon Galloway / LAT Images)

Carro: A524
Chefe de equipe: Bruno Famin
Diretor técnico: Matt Harman
Motor: Alpine
Pilotos: Esteban Ocon e Pierre Gasly

Sauber

Agora sem a antiga patrocinadora “Alfa Romeo”, que tinha o direito de batizar a equipe, a Sauber reassume seu antigo e tradicional nome em 2024. Porém, esse momento é apenas uma transição para o próximo momento da organização, que está sendo comprada aos poucos e passará a ser a operação de fábrica da Audi a partir de 2026.

Com a saída de Frédéric Vasseur em dezembro de 2022, a Sauber se reorganizou no começo de 23 para iniciar a mudança de chave para equipe de fábrica de uma montadora. Assim, novos profissionais para cargos importantes chegaram e mudanças na estrutura organizacional foram realizadas.  

Ainda no início de 2023, Andreas Seidl, ex-McLaren, assumiu o cargo de CEO, com responsabilidades administrativas mais amplas. Na pista, com o cargo de “representante de equipe”, o time contratou Alessandro Alunni Bravi. Na chefia técnica, James Key, demitido no começo do ano da McLaren, chegou em setembro a tempo de influenciar no projeto de 2024.

A equipe ainda vem realizando investimentos na infraestrutura de sua fábrica em Hinwil, na Suíça, além da melhoria de processos internos. Tudo para sedimentar a chegada da Audi, que por enquanto, está focada apenas no desenvolvimento do motor que será utilizado no novo regulamento de 2026.

Para o momento, a dupla de pilotos segue a mesma das últimas duas temporadas com Valtteri Bottas e Zhou Guanyu. Ambos sabem, no entanto, que a barra do nível de cobrança começará, aos poucos, subir com a aproximação do momento da troca definitiva de Sauber para Audi.

Sauber C44 na pré-temporada 2024

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(Foto: Steven Tee / LAT Images)

Carro: C44
Chefe de equipe: Alessandro Alunni Bravi
Diretor técnico: James Key
Motor: Ferrari
Pilotos: Vatteri Bottas e Zhou Guanyu

Williams

Com um histórico de nove títulos de construtores e sete de pilotos, não é exagero dizer que a Williams é um gigante adormecido. Nas últimas seis temporadas, a equipe terminou na última posição em quatro. Em 2023, mostrou uma melhora ao fechar o ano em sétimo, porém, muito mais perto do fundo da classificação (a 16 pontos do último colocado) do que dos concorrentes à frente (92 atrás do sexto).

A Williams, no entanto, vem em um momento de reformulação, iniciado no final de 2020, quando a família do fundador, Frank Williams, vendeu o time para o fundo de investimento americano Dorilton.

Em 2023, o time iniciou uma grande reformulação que começou com a contratação de James Vowles, ex-diretor de estratégias da Mercedes, para o cargo de chefe de equipe. O britânico passou o ano trabalhando no projeto de requalificação da infraestrutura da fábrica da Williams e de pessoal.

Em novembro, a equipe recrutou o experiente Pat Fry (ex-Ferrari, McLaren e Alpine) para ser seu novo diretor técnico, após uma temporada inteira com o cargo vago. O engenheiro chegou em um estágio final do desenvolvimento do modelo de 2024, por isso, deve começar a ter uma influência maior apenas nas possíveis atualizações e no desenvolvimento do modelo de 2025.

Para 2024, a Williams também decidiu manter seus dois pilotos da última temporada. Alex Albon, que tem se destacado como grande líder do time ao volante, e Logan Sargeant, que teve uma temporada de estreia muito difícil e sem resultados importantes na F1.

Williams FW46 na pré-temporada 2024

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(Foto: Simon Galloway / LAT Images)

Carro: FW46
Chefe de equipe: James Vowles
Diretor técnico: Pat Fry
Motor: Mercedes
Pilotos: Alex Albon e Logant Sargeant

Haas

A temporada de 2023 foi bastante difícil para a Haas, que ficou na última posição no campeonato de construtores. A situação não foi inédita, porém, ao contrário do que aconteceu em 2021, não aconteceu porque o time estava se preparando e focando recursos no desenvolvimento futuro, mas sim por pura falta de desempenho.

O resultado da campanha decepcionante foi a queda do chefe de equipe Gunther Steiner, que comandava a equipe americana desde sua entrada na F1, em 2016, e ganhou mais fãs pelas suas participações cartunescas na série “Drive to Survive” da Netflix do que por seu modelo de gestão.

A Haas aposta em 2014 em Ayao Komatsu, que era diretor de engenharia de pista, trazendo um olhar mais técnico para a operação. Outra troca importante foi a promoção de Andrea De Zordo para o cargo de diretor técnico no lugar de Simone Resta. Ambos tinham chegado ao time em 2021 vindos da Ferrari, em um movimento que aproximou a relação técnica entre as duas equipes.

Kevin Magnussen e Nico Hulkenberg seguem ao volante dos carros da Haas, seguindo uma tradição de aposta em pilotos experientes, algo que só não aconteceu na temporada de 2021.

As grandes mudanças na estrutura vieram apenas depois do término da temporada de 2023 e não motivam muita confiança em um impacto positivo de imediato. Na apresentação da nova pintura dos carros, o próprio Komatsu confessa que o modelo VF-24 deve chegar na abertura da temporada longe de ser competitivo.

Um dos motivos para isso seria a escolha da direção anterior em insistir em um desenvolvimento de atualizações para versão de 2023 já na fase final do campeonato – em uma tentativa desesperada de tentar salvar a temporada –, o que teria atrasado o desenvolvimento do novo modelo em pelo menos dois meses.

“Acho que estaremos mais para o final do grid, senão em último”, admitiu o dirigente japonês. “O foco precisa ser em termos um bom programa de testes no Bahrein e sairmos do teste com uma boa qualidade de dados para que a equipe analise e entenda em qual direção precisa desenvolver o carro. Isso significa entender as forças e fraquezas do VF-24 de forma precisa e então conceber um plano coerente para produzir atualizações para o carro”, continuou.

Haas VF-24 na pré-temporada 2024

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Carro: VF-24
Chefe de equipe: Ayao Komatsu
Diretor técnico: Andrea De Zordo
Motor: Ferrari
Pilotos: Kevin Magnussen e Nico Hulkenberg

McLaren

A temporada de 2023 da McLaren foi de altos e baixos. Um começo muito ruim, que culminou, inclusive, na saída do antigo diretor técnico da equipe, e uma recuperação na segunda fase do campeonato. O time terminou na quarta posição na classificação entre os construtores, passando uma sensação de que poderia mais, segue trabalhando para voltar aos áureos tempos em que lutava por vitórias e títulos.

Com a saída de Key, o time passou por uma grande reformulação em sua área técnica. Três engenheiros passaram a dividir o posto de “diretor técnico”, cada um cuidando de uma parte específica da operação e se reportando diretamente para o chefe da equipe, Andrea Stella.

Este grupo técnico, que tem uma organização bastante fora do convencional da F1, começou a trabalhar desta forma já na metade da última temporada, o significa que deve ter uma grande influência no novo carro de 2024.

Por isso, Stella acredita que a McLaren, aproveitando também o investimento na modernização de sua fábrica, deve já começar a colher frutos nesta nova temporada da F1. “Ano passado nos permitiu criar uma fundação sólida para o futuro com um trabalho duro, comprometimento, esforço e talento”, afirmou o dirigente.

“Com nossas novas atualizações de infraestrutura e pessoal, precisamos continuar elevando nossos padrões e incorporando alto desempenho em tudo que fazemos”, continuou Stella, no comunicado da equipe sobre o lançamento da pintura de 2024 do time.

A dupla de pilotos segue a mesma de 2023. Ambos, inclusive, assinaram extensões para os próximos anos, o que indica uma estabilidade de longo prazo. Oscar Piastri tem agora acordo até o final de 2026 e Lando Norris, que andou na mira de Red Bull e Audi, até pelo menos 2027 (com opções para uma relação ainda mais duradoura).

McLaren MCL38 na pré-temporada 2024

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Carro: MCL38
Chefe de equipe: Andrea Stella
Diretor técnico: Rob Marshall (engenharia e projeto), Peter Promodou (aerodinâmica) e David Sanchez (conceito do carro e desempenho)
Motor: Mercedes
Pilotos: Lando Norris e Oscar Piastri

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